segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Física Relativamente Insana

Saudações, Mochileiros das Galáxias!

Em 1949, um professor da Universidade Federal do Babaquistão, após uma aula frustrada a qual não apareceu nenhum aluno, se sentiu solitário. O professor, chamado Mohammed Marmeloff, resolveu então ter um gato de estimação. O problema era que ele morava num pequeno apartamento e a síndica do prédio odiava animais, a ponto que todos os bichos que moravam nos apartamentos morreram e a síndica os jogou no caminhão de lixo dentro de um saco preto (não necessariamente nessa ordem...)

Marmeloff se lembrou, então, da célebre experiência do "Gato de Schrödinger", onde o ciêntista pegou o seu gato hipotético e pôs dentro de uma caixa hipotética com um dispositivo hipotético que continha um núcleo radioativo hipotético e um frasco de gás venenoso hipotético. Se o núcleo hipotético hipoteticamente decai, emite uma partícula hipotética que aciona o dispositivo hipotético, que parte hipotéticamente o frasco hipotético e mata hipoteticamente o gato hipotético. De acordo com a mecânica quântica, o núcleo é descrito como uma mistura de "núcleo hipotético hipoteticamente decaído" e de "núcleo hipotético hipoteticamente não decaído". No entanto, quando a caixa hipotética é aberta, Schrödinger vê só um "gato hipotético hipoteticamente morto/núcleo hipotético hipoteticamente decaído" ou um "núcleo hipotético hipoteticamente não decaído/gato hipotético hipoteticamente vivo." A questão é a de saber quando é que o sistema hipotético deixa de ser uma mistura de estados hipotéticos e se torna uma hipotese ou outra. Pensando nisso, Schrödinger chegou a conclusão que a Mecânica Quântica era uma grande hipótese e que só poderia ser estudada por meio de probabilidades hipotéticas.


Esquema hipotético da experiência hipotética de Schrödinger

Porém, ao contrário de Schrödinger, Marmeloff não predendia ter um gato hipotético para fazer experiências hipotéticas. Mesmo assim, chamou o seu gato hipotético de Schrödinger em homenagem ao cientista.

Tudo estava indo bem para Marmeloff e seu gato hipotético, até que numa bela manhã no qual passava manteiga babaquistanesa numa fatia de pão de forma, esta escorregou de suas mãos, caiu no chão e sujou o seu belo tapete babaquistanês. Neste momento, passou pela sua cabeça algo que tinha ouvido nos corredores da Universidade Federal do Babaquistão, que um certo Major-Engenheiro Edward A. Murphy havia formulado uma lei que dizia que as coisas ruins, como a sua fatia de pão de forma com manteiga babaquistanesa cair com a manteiga babaquistanesa para baixo e sujar seu belo tapete babaquistanês, tinham mais chances de acontecer do que as boas, como a fatia de pão de forma com manteiga babaquistanesa ser realmente filha de uma prostituta babaquistanesa. Porém, nunca conseguiram provar de maneira satisfatória que a Lei de Murphy é realmente válida no mundo real. Isso deixou Marmeloff intrigado por 272 segundos. E então percebeu que seu gato hipotético era a resposta.

Marmeloff imaginou que existia uma força que fazia seu pão de forma cair com a manteiga babaquistanesa para baixo, e que poderia detectá-la se a comparasse com a força associada ao fato que seu gato hipotético sempre caía hipoteticamente com as quatro patas hipotéticas hipoteticamente para baixo. Marmeloff hipoteticamente o largou 542 vezes de diversas alturas para comprovar.

A experiência hipotética que iria fazer era a seguinte: Marmeloff pegaria Schrödinger, seu felino hipotético e hipotéticamente amarraria nas suas costas hipotéticas uma fatia de pão de forma hipotética com a manteiga babaquistanesa hipotética hipoteticamente para cima. Então, hipoteticamente jogaria esse sistema hipotético do seu apartamento, no quinto andar. Marmeloff hipoteticamente esperava duas coisas hipotéticas: Só a gravidade agiria sobre o sistema hipotético, fazendo naturalmente o seu felino hipotético cair sobre suas patas hipotéticas e se machucar um pouco hipoteticamente. Ou a força prevista por Murphy agiria sobre o sistema hipotético por causa do pão de forma hipotético com manteiga babaquistanesa hipotética e o faria entrar em conflito com a gravidade, fazendo-o hipoteticamente flutuar. Marmeloff pôs um tapete babaquistanês hipotético na beira do prédio para hipoteticamente maximizar os resultados hipotéticos.

Esquema atualizado da experiência hipotética de Marmeloff

Marmeloff então hipoteticamente preparou o sistema hipotético e hipoteticamente o largou do quinto andar. Nos primeiros instantes, o sistema hipotético hipoteticamente começou a girar. Porém, em seguida, ele hipoteticamente começou a perder velocidade vertical e hipoteticamente ganhar velocidade horizontal, até que hipoteticamente se deslocasse totalmente na horizoltal, em alta velocidade hipotética. Foi a última vez que viu Schrödinger, o seu gato hipotético.

Mohammed Marmeloff publicou os seus resultados hipotéticos no mesmo ano, no tratado Experiência do gato hipotético flutuante aplicada à Hipótese de Murphy. Porém, a comunidade científica da época e a própria Universidade Federal do Babaquistão, não deram crédito a Marmeloff, devido ao simples fato de que as conclusões tiradas por ele serem hipotéticas. Porém, ele, acreditando que estava certo, argumentou que a ciência da época não conseguiria compreender o Efeito Murphy e propôs uma nova ciência, baseada em resultados hipotéticos.

Em 1950, escreveu O Método Hipotético com as bases da nova ciência. Posteriormente, Marmeloff desenvolveu vários trabalhos de Física utilizando o método hipotético, obras que ficaram conhecidas como as primeiras da Física Relativamente Insana, que recebeu este nome devido a um comentário pejorativo feito por Krammer Crithik em sua coluna no jornal Diário Babaquistanês: "Isso não é Física! Ela é reltivamente insana!". Em homenagem à Mohammed Marmeloff, a ciência que se utiliza do método hipotético é conhecida atualmente como Ciência Marmelística.

Muitos afirmam que a Mecânica Quântica, a mesma estudada por Schrödinger na sua célebre experiência hipotética com o gato hipotético, é uma aplicação da Física Relativamente Insana na Ciência Moderna, por se utililizar do método hipotético para estudar as propabilidades da Física Quântica.

Os filhos de Mohammed Marmeloff prefiriram não continuar o trabalho do pai. Ao invés disso, começaram a comercializar um doce tradicional de sua família. O doce alcançou um grande sucesso no Babaquistão com o nome de "Doce de Marmeloff". No Brasil, o produto é comercializado e produzido até hoje com o nome de marmelada.

"Num sistema hipotético onde ocorem fatos hipotéticos, experiências hipotéticas podem chegar a conclusões hipotéticas que, depois de uma análise hipotética cuidadosa, podem constituir verdades e leis hipotéticas"
Mohammed Marmeloff, O Método Hipotético

Continuar o trabalho de Marmeloff sobre Física Relativamente Insana e desenvolver a Ciência Marmelística é o objetivo deste Departamento e do Instituto de Marmelada Científica.

Bom Futuro, passar bem e que a Física Relativamente Insana deixe os seus cérebros crocantes no leite!

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